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CID Planejamento Familiar: O que é e Como Funciona com Eficácia
O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDSH), estabelecido pelo governo brasileiro em 2010, definiu a saúde reprodutiva como prioridade, destacando a importância do planejamento familiar como direito humano básico. No entanto, dados estatísticos indicam que ainda existem desafios significativos no acesso e uso desses serviços na população brasileira.
Contextualizando o Planejamento Familiar no Brasil
O planejamento familiar é essencial para a conscientização reprodutiva dos cidadãos, permitindo que eles tomem decisões informadas sobre suas vidas de forma responsável. Isso inclui o controle de natalidade, a contracepção e a orientação sexual, que são aspectos fundamentais para a promoção da saúde humana e da qualidade de vida.
O governo federal brasileiro, ao longo dos anos, implementou várias políticas para tornar esses serviços mais acessíveis, como a criação do Programa de Ações Articuladas para o Combate à Desigualdade Social (PRONASocial) e a expansão da rede de assistência à saúde. No entanto, ainda há uma grande lacuna na atenção à saúde reprodutiva, especialmente em áreas rurais e de baixa renda.
Objetivos do Planejamento Familiar
O planejamento familiar tem como objetivo principal facilitar a adoção de práticas de planejamento reprodutivo consciente, promovendo a saúde, a equidade e a justiça social. Além disso, visam abordar questões como:
- Reduzir o número de Abortos de Emergência.
- Promover a saúde reprodutiva.
- Aumentar a conscientização sobre métodos contraceptivos.
- Reduzir a maternidade e paternidade precoces.
- Aumentar a responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS) e no planejamento da família.
Componentes do Planejamento Familiar
O planejamento familiar é composto por vários elementos fundamentais, incluindo:
- Saúde reprodutiva: A saúde reprodutiva é um conceito ampliado, compreendendo desde a puberdade até a menopausa. É um direito humano essencial, que inclui serviços de atenção à saúde para homens e mulheres, como consultas preventivas, anticoncepção, aborto voluntário e tratamento da infertilidade.
- Conhecimento sobre métodos contraceptivos: Informações e acesso adequados aos métodos contraceptivos são essenciais para que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre suas vidas reprodutivas. Isso inclui métodos naturais, hormonais, de barreiras físicas, masculinos e a contracepção permanente.
- Saúde materno-infantil: A saúde materno-infantil é um subconjunto do direito à saúde reprodutiva das mulheres, abordando seus problemas reprodutivos de maior relevância, como os abortos de emergência e a infecção puerperal, assim como os cuidados necessários ao nascimento das crianças.
- Saúde sexual: Trata sobre a sexualidade, promovendo práticas seguras contra a infecção pelo HIV/AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis, através do conhecimento e adição de métodos de prevenção.
- Influências sociais: O acesso ao planejamento familiar depende ainda de fatores como o nível educativo, o status socioeconômico e a exposição à mídia e informações adequadas sobre saúde reprodutiva.
Metodologias Adotadas
Estratégias de Educação em Saúde Reprodutiva
Para promover o planejamento familiar de forma eficaz, são necessárias estratégias de educação em saúde reprodutiva que visem:
Caminhos de acesso: Identificar pontos estratégicos onde a população tem acesso mais fácil a serviços de saúde, como escolas, hospitais e postos de saúde comunitários.
Educação sexual e reprodutiva: Promover educação sexual e reprodutiva nas escolas, a fim de que os jovens possam tomar decisões conscientes e responsáveis.
Serviços de atendimento: Garantir que os serviços de atendimento à saúde reprodutiva sejam acessíveis e de qualidade, com profissionais qualificados para oferecer informações e assistência adequadas.
Implementação das Estratégias
Planejamento Familiar
- Cursos de capacitação: Oferecer cursos de capacitação para profissionais de saúde com o objetivo de proporcionar-lhes os conhecimentos necessários sobre a saúde reprodutiva, métodos contraceptivos e serviços de planejamento familiar.
- Promoção e educação: Realizar campanhas de promoção e educação para conscientizar a população sobre a importância do planejamento familiar e os benefícios de adotar práticas conscientes de planejamento reprodutivo.
- Desenvolvimento de recursos educativos: Criação de materiais educativos, como panfletos, infográficos e vídeos, para ajudar a difundir informações sobre saúde reprodutiva e planejamento familiar de forma acessível e atraente.
- Reconhecimento da responsabilidade conjunta: Abordar a responsabilidade de homens e mulheres em conjunto para o planejamento familiar, buscando a justiça de gênero, para equilibrar a relação entre ambos.
- Institucionalização: Garantir a institucionalização dessas práticas dentro de uma rede sólida da atuação dos serviços de saúde e a participação de todas as camadas da sociedade, para promover a conscientização reprodutiva de todos os brasileiros.
Conclusão
O Planejamento Familiar é um direito humano básico que deve ser exercido de forma consciente e responsável. É fundamental que o governo, a sociedade civil e os próprios indivíduos se alinhem para promover a saúde reprodutiva e o planejamento familiar de forma eficaz. Com ações como educação e conscientização, capacitação de profissionais de saúde e implementação de políticas públicas, podemos trabalhar para reduzir os desafios que ainda permanecem e fortalecer a consciência reprodutiva dos brasileiros.
Considerações Finais
Ao abordar a questão do Planejamento Familiar, é importante ter em mente algumas considerações finais:
- Geração de políticas públicas: A implementação de políticas públicas para fortalecer o planejamento familiar é essencial para garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade e à informação sobre planejamento familiar.
- Promoção da educação: A educação é fundamental para que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva e planejar futuros familiares responsáveis.
- Desigualdade Social: Reduzir as desigualdades sociais é crucial para garantir o acesso igualitário ao planejamento familiar e à saúde reprodutiva.
Referências
- [1] "Saúde Reprodutiva e Planejamento Familiar no Brasil: uma abordagem crítica." Anais Brasileiros de Saúde Reprodutiva 2013; 12(1): 11- 25
- [2] "Saúde Reprodutiva e Sexualidade." Instituto do Câncer Brasileiro, 2015
- [3] "Planejamento Familiar e Educação Sexual no Brasil." Revista do Instituto Sociedade e População, vol. 12, no 26, setembro 2021.
Se você tem alguma dúvida ou precisa de mais informações adicional sobre este artigo você pode entrar em contato comigo.
Perguntas Frequentes (Faq)
Qual é o planejamento familiar?
O planejamento familiar é a capacidade das famílias de fazer escolhas conscientes, sobre seus filhos e sobre suas vidas, de forma equilibrada, a partir da responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres. O objetivo é proporcionar um melhor futuro.
Quais são os metodos contraceptivos disponíveis?
Os métodos contraceptivos incluem métodos naturais, hormonais, de barreiras físicas, masculinos e a contracepção permanente.
O que é a saúde reprodutiva?
Saúde reprodutiva abrange desde a puberdade até a menopausa e inclui serviços de atenção à saúde para homens e mulheres, como consultas preventivas, anticoncepção, aborto voluntário, planejamento familiar e tratamento da infertilidade.
Quais são os direitos e deveres do Planejamento Familiar?
Alguns dos direitos e deveres relacionados ao planejamento familiar são: ter acesso a serviços de saúde de boa qualidade; ter acesso a informações confiáveis sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar; ter acesso a educação sexual e reprodutiva; ter acesso a serviços de aborto voluntário; ter acesso a serviços de tratamento da infertilidade.