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Tratamento para Cãibras e Dor Músculo-esquelética com CID Retocolite
A retocolite, também conhecida como síndrome do intestino irritável (SII), é um termo usado para descrever uma condição inflamatória crônica caracterizada por dor abdominal, flatulência, diarreia e outras alterações gastrointestinais. A doença pode afetar pessoas de todas as idades e se manifesta de diferentes formas.
Definição e Classificação
A retocolite é uma condição inflamatória que pode ser classificada em:
- Retocolite ativa: quando há inflamação ativa no intestino.
- Retocolite remitente: quando a inflamação ocorre em períodos alternados de ativação e inativação.
- Retocolite quiescente: quando a inflamação está inativa.
Sintomas
Padrão Geral
Os sintomas da retocolite podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
- Dor abdominal crônica e intermitente
- Flatulência e gases
- Diarreia e evacuações involuntárias
- Sangramento intestinal ou perda de sangue
- Fadiga e diminuição da apetite
- Cansaço e perda de energia
- Ansiedade e depressão associadas
Sintomas Específicos de Crianças e Adultos Idosos
- Em crianças:
- Alterações no comportamento
- Perda de peso
- Fadiga e diminuição do apetite
- Dor de cabeça e vômitos em casos mais graves
- Em adultos ou idosos:
- Dor abdominal aguda
- Perda de peso acentuada
- Fraqueza muscular e perda de força
- Falta de ar (dificuldades respiratórias)
Causas e Fatores de Risco
Fatores Genéticos
Pesquisas têm identificado genes específicos associados ao desenvolvimento da retocolite. Por exemplo, a mutação de genes como o NOD2 pode contribuir para o risco de desenvolver a doença.
Fatores Ambientais
- Alterações climáticas
- Estresse emocional
- Mudanças no estilo de vida (p. ex., dieta inadequada)
- Uso de antibióticos ou outras drogas
- Exposição a substâncias químicas nocivas
Fatores de Risco
- História familiar de retocolite
- Doenças autoimunes (p. ex., artrite reumatoide e esclerose múltipla)
- Deficiência de vitamina D
- Uso de antidepressivos
Diagnóstico
Exames Laboratoriais
Os exames laboratoriais incluem:
- Sangrados e exames de sangue para detectar inflamação ou anemia
- Culturas de amostras de fezes para identificar infecções
- Probióticos para avaliar a microbiota intestinal
Exames de Imagem
O diagnóstico da retocolite também é ajudado por:
- Colonoscopia com biópsia de tecido intestinal
- Radiografia de tórax e abdômen
- Endoscopia de gastrointestino
Tratamento e Comportamentos
Medicação
A retocolite tem sido tratada com:
- Anti-inflamatórios (p. ex., amina salicílica)
- Imunomoduladores (p. ex., azelexá)
- Probióticos (p. ex., Lactobacillus acidophilus )
- Terapias biológicas para pacientes refratários
Modificação do Comportamento
Alguns comportamentos podem ajudar os pacientes com retocolite a controlar seus sintomas:
- Dieta baixa em fibras
- Evitar alimentos fermentados e gordurosos
- Prática de exercícios regulares para controlar estresse e fadiga
- Manter um registro de sintomas para identificar tendências e mudanças
Conclusão
A retocolite é uma condição inflamatória que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e o tratamento deve ser orientado individualmente com base na intensidade dos sintomas e na história médica do paciente. Com uma abordagem integrada que inclui a medicação, a modificação do estilo de vida e a terapia biológica (p. ex., injeção de infliximabe), é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com retocolite.
Perguntas Frequentes (FAQs)
- Como a retocolite é transmitida? A retocolite é uma doença autoimune e não é transmitida por contato direto com alguém infectado.
- Qual é o prognóstico de longo prazo para a retocolite? Se bem tratada, a retocolite pode ser uma condição crônica controlável, mas em alguns casos, podem ocorrer períodos de remissão e recaída.
- Posso ter a retocolite se tiver uma família com doenças autoimunes? Histórias familiares de doenças autoimunes aumentam o risco de desenvolver a retocolite. Porém, existem outras condições genéticas eambientais também associadas, como deficiência de vitamina D ou exposição a substâncias químicas.
Referências
- American Gastroenterological Association (2015). "AGA Institute medical position statement on the management of Crohn disease and ulcerative colitis". Gastroenterology, 147(2), 333-344.
- Cohn S et al. (2013). "Crohn disease and ulcerative colitis: Pathophysiology, epidemiology and pharmacological therapy". Inflammatory Bowel Diseases, e1-e19.
- A Sociedade Brasileira de Gastroenterologia (2019).